terça-feira, 14 de outubro de 2008

Hippies não hippies

Desculpas pela demorara em atualizar o blog, mas prometo que a parir do dia 20 desse mês posto diariamente - ou quase diariamente. Mas vamos voltar ao assunto que deveria ser tratado semana passada: TIM Festival. E a banda comentada dessa vez é a americana MGMT (Management). E se Gossip, comentado anteriormente, não é um bom motivo para ir ao evento, porque você gosta de algo mais limpo, com um ar mais passivo, acredito que os americanos poderão agradar.


Para começar, apresentam som e visual psicodélicos. Trazem pandeiros meia-lua, sinos e teclados que dão um efeito surrealista. Vestem roupas bem coloridas, faixas na cabeça, uma aparência bem hippie. Mas de modo algum se consideram difusores do “hippismo”. Ao contrário, em entrevista dada ao jornal Folha de S. Paulo, Ben Goldwasser, um dos líderes da banda, disse que são fascinados por alguns aspectos dessa cultura, mas não curtem o “flower power”.


Aliás, para informá-lo melhor, devo dizer-lhe que Goldwasser juntamente a Andrew VanWyngarden, inicialmente, formavam duo de música eletrônica, mas como ouviam mais rock, tornaram-se uma banda, e hoje o MGMT tem cinco integrantes. A propósito o fato de terem conhecimento da música eletrônica influenciou algumas músicas de seu álbum de estréia, o Oracular Spetacular (2007), como Eletric Feel e Future Reflections.


As músicas desse álbum não se conectam diretamente umas às outras, isso é percebido nas letras, que abordam desde infância às drogas, e no próprio som, que hora é sossegado como em The Young, e hora agitado e primitivo, como na graciosa Kids. Entretanto isso não desvaloriza o som, na verdade esse é mais um ponto a favor da banda. E se não fosse bom, os Chemical Brothesr não seriam os produtores do próximo disco dos americanos.


Mas não só as músicas do MGMT são boas e psicodélicas. Seus clipes também trazem esse clima, como é o caso de Time to Pretend, que consegue resumir em menos de 5 minutos tudo o que é a banda.


Os americanos se apresentarão no Arena Ibirapuera dia 25, sábado, às 21h, seguidos de The National e Cérebro Eletrônico. Os ingressos custará R$150,00.

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